13.4.14

Antonio Cicero: "Desejo"





Desejo

Só o desejo não passa
e só deseja o que passa
e passo meu tempo inteiro
enfrentando um só problema:
ao menos no meu poema
agarrar o passageiro.



CICERO, Antonio. Porventura. Rio de Janeiro: Record, 2012.

4 comentários:

Lau Siqueira disse...

Belíssimo, poeta!

Anônimo disse...

Metalinguagem e lirismo, de mãos dadas. Sim, é possível. Eis a prova cabal de que o desejo permanece incólume, sempre, na Poesia. Basta o Poeta persistir na viagem. Valeu, Cícero. Um bom domingo e uma semana melhor ainda.
Arsenio Meira Júnior

ADRIANO NUNES disse...

Cicero,


belíssimo! Salve!


Abraço forte,
Adriano Nunes

Siegfried Fuchs disse...

Muito bom!